Combates deixam mais 6 soldados americanos mortos no Iraque Um ano depois da derrubada da estátua de Saddam Hussein no centro de Bagdá, os Estados Unidos anunciaram a morte de mais seis soldados em combates no Iraque ao longo desta sexta e quinta-feira. Com isso, o número de soldados americanos mortos desde o começo da guerra, em março de 2003, chega a 455. Há confrontos entre forças americanas na região sunita a oeste de Bagdá, e revoltas sunitas no sul do país. Na cidade sunita de Falluja, a poucos quilômetros de Bagdá, disparos de morteiro sinalizaram o colapso da trégua anunciada pelos Estados Unidos que durou apenas uma hora e meia. Os americanos usaram helicópteros militares e caças F-16 no seu avanço sobre a cidade, bombardeando uma mesquita onde, eles disseram, militantes estavam escondidos. De acordo com fontes médicas, o número de mortos na cidade chegou a 450 nesta semana. A cidade de 300 mil habitantes foi cercada por tropas dos Estados Unidos depois da morte na semana passada de quatro agentes de segurança privados. Moqtada Sadr, o clérigo radical que lidera a revolta nas áreas xiitas, exigiu a retirada das tropas da coalizão do Iraque, dizendo que o presidente americano George W. Bush não pode mais usar Saddm Hussein ou armas de destruição em massa como justificativa. Reações A operação militar americana foi classifica de "ilegal e completamente inaceitável" por um graduado integrante do Conselho de Governo Provisório do Iraque, o sunita Adnan Pachachi. Dois membros do governo provisório do Iraque renunciaram. A Rússia pediu contenção aos dois lados e disse que a ONU não deve se envolver nos esforços de paz até que os Estados Unidos tenham a segurança no Iraque sob controle. O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Jack Straw, disse que a coalizão enfrenta sua "ameaça mais séria" desde o fim da guerra. A França anunciou que foi procurada pelos Estados Unidos que teriam pedido ajuda militar na proteção de funcionários da ONU no país. Mas militares americanos dizem que as operações contra militantes iraquianos vão "indo bem". Reféns Ainda nesta sexta-feira, um comboio de cerca de dez caminhões que carregavam combustível foi atacado e pegou fogo na rodovia entre Falluja e Bagdá, na altura da cidade de Abu Ghraib. E, segundo a agência de notícias Reuters, atiradores em Abu Ghraib capturaram quatro italianos e dois americanos não identificados. Há outros reféns em vários locias do Iraque, incluindo três japoneses e dois palestinos. Em outro incidentes, um britânico foi morto enquanto protegia trabalhadores do setor elétrico para uma empresa americana. Também há relatos de confrontos na cidade de Baquba, onde vivem sunitas e xiitas. A coalizão recuperou o controle da cidade de Kut, abandonada na terça-feira pelas tropas ucranianas, mas enfrentou novas batalhas na cidade sagrada de Karbala, onde pelo menos três militantes e uma mulher iraniana morreram.